
Diz uma espécie de adágio popular que a memória de peixe tem a duração de apenas três segundos.
Para muitos autarcas, a memória dos seus eleitores nos anos que antecedem a eleições autárquicas é semelhante.
E a verdade é que o eleitorado, tem memória curta. É por isso que, em ano eleitoral, as nossas cidades são inundadas pelas infindáveis obras que não foram realizadas durante um mandato inteiro, algumas absolutamente mal pensadas, provocando elevados constrangimentos para a vida das cidades neste período e nenhum benefício para a vida futura dos cidadãos e das cidades.
No entanto, para quem quer demonstrar uma gestão municipal activa isso pouco importa.
E é com bastante ardileza que o cidadão se deixa afundar na sua própria memória de peixe e vai às urnas depositar o seu voto no autarca que só provocou constrangimentos pela sede de realização de “obra” com intuito eleitoralista.
É certo que a grande parte dos eleitores nem sequer vai às urnas em dia de eleições, abstendo-se do seu direito de voto e da sua voz em democracia, bem como de poder contribuir para melhorar a qualidade de vida da região onde habitam.
Também é certo que grande parte dos eleitores vão votar, não sabendo quem são os candidatos que concorrem às suas freguesias.
É igualmente certo que a maioria destes eleitores será incapaz de responder às mudanças que viu ocorrer nos últimos anos nos seus municípios.
Por fim, é certo que cabe a cada um de nós inverter o cenário da memória de peixe, com o nosso voto.
Um voto responsável, que não esquece o passado, nem todos os dias em que x pessoas nos representaram nos nossos municípios, pressionando desta forma para que, de futuro, não sejamos enganados por termos nestas questões de cidadania, memória de peixe!
Esta autora não escreve segundo o novo acordo ortográfico.
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