Sim, só que não
Hoje vou falar-vos de três assuntos que me preocupam e para os quais não encontro uma explicação cabal.
- Enganos potencialmente fatais;
- Esquecimentos duvidosos;
- Lotação esgotada.
1 – Enganos potencialmente fatais:
O sempre imprevisível Donald Trump, relatou, numa entrevista à Fox News, o seu encontro com o seu homólogo chinês.
Em concreto, ele relata o momento em que jantavam e ele diz “estávamos na sobremesa e tínhamos um fantástico bolo de chocolate à nossa frente”, e diz “Sr. Presidente, acabámos de disparar mísseis sobre o… Iraque”.
A jornalista apercebeu-se logo do engano e apressou-se a corrigi-lo.
Conclusão:
Este homem é incrível! Consegue estar a saborear uma deliciosa sobremesa e, ao mesmo tempo, dar uma ordem aos seus generais para mandar umas bombas, “como quem não quer a coisa”.
Fantástico!
Os seus inimigos, nem sequer desconfiam de tal façanha. Ele apanha todos desprevenidos! É assim mesmo!
Só tenho uma crítica a fazer: O homem enganou-se, na entrevista, no nome do país, mas, imaginemos que, da próxima, ele, ao dar uma ordem a um general seu, se engana também no nome do país? Aí, o caso muda de figura!
Pelo sim e pelo não, da próxima vez que o homem estiver a jantar com um seu homólogo, eu vou pôr os meus sistemas anti-mísseis no terraço da minha casa de prevenção, ou seja, digo à minha mulher para irmos para debaixo da cama, enquanto o homem estiver a jantar!
2 – Esquecimentos duvidosos:
Sinceramente, creio que até poderá ser um caso de saúde pública, porque são muitos os casos de esquecimentos que verificamos em diferentes situações.
Para mim, o Ministério da Saúde deveria agir já!
Reparem, estou a lembrar-me de dois casos em concreto, entre outros:
Há uns anos atrás, o ex-Presidente executivo da PT – Zeinal Bava (lá está, mais um nome esquisito, desculpa mãezinha!) disse, numa comissão de inquérito na Assembleia da República, a seguinte frase, que considero épica: “não vou dizer que foi fulano, sicrano ou beltrano, não me recordo”. Bom, ele estava apenas a referir-se ao facto de não se lembrar de quem tinha decidido investir 500 milhões em dívida da ESI – Espírito Santo Internacional.
De repente, lembrei-me de outro caso muito mais recente: o Jogador do Canelas. O rapaz foi entrevistado por um canal de televisão e disse taxativamente que não se lembrava da agressão ao árbitro!
Queres ver que quando se dá uma joelhada na cabeça de alguém, quem fica com amnésia somos nós?
Confesso aqui, perante vocês, que, às vezes, também uso esta táctica do esquecimento, mas o facto é que não corre “lá grande coisa”.
Bom, curei-me depressa, sempre que dizia à minha mãezinha ou à minha mulher que me tinha esquecido de fazer alguma coisa que elas me tinham pedido, adivinhem o que acontecia: “levava uma grande bronca!”.
Ultimamente, já não me tenho esquecido de nada! Em princípio, devo estar curado! Obrigado à minha mulher e à minha mãezinha! De coração!
3 – Lotação esgotada:
Esta semana aconteceu, aparentemente, algo insólito a bordo de um avião.
Bom, o facto é que foram vendidos bilhetes a mais e, por consequência, havia lugares a menos!
O que fez a United Airlines?
Bom, muito simples, convidou um passageiro a sair, que não se mostrou muito colaborativo e, por isso, pegou nele e arrastou-o pelo avião fora para resolver o problema.
Até aqui tudo bem! Só tenho uma crítica a fazer: Porque é que não pegaram num passageiro que estava junto à porta? Era bem mais fácil!
Moral das histórias:
Quando o Donald Trump estiver a jantar com um seu homólogo, “ponham-se à tabela”.
Quantos aos esquecimentos, deixem-se disso, isso é só para alguns predestinados, não para nós cidadãos comuns, não tentem isso em vossa casa.
Em relação aos bilhetes de avião, na dúvida se a lotação está esgotada ou não, comprem sempre os lugares junto à porta de saída, porque “se a coisa der para o torto”, vai doer muito menos as costas!
Bom, e quem avisa vosso amigo é!
Sim, só que não
Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.