A nossa língua é o que nos distingue e diferencia enquanto Povo e Nação. É um valor cultural que devemos preservar, cultivar e expressar de forma correta e clara.
Nos tempos que correm, porém, há necessidade de uma língua comum, para facilitar a comunicação entre os povos dos diversos países, tanto no aspeto cultural, como no comercial.
O inglês tornou-se uma língua global, como resultado da extensão do poder colonial britânico no século XIX e a hegemonia dos EUA como poder económico no século XX.
O inglês é, portanto, o idioma mais ensinado na maioria dos países, sendo usado em vários domínios, desde, o científico até às novas tecnologias de informação e comunicação cultural.
Recuando nos tempos, cientistas continuam a afirmar que o continente Africano não só foi o berço da humanidade, como da linguagem falada.
A diversidade linguística foi provocada pelos movimentos migratórios e pela mistura dos idiomas dos diferentes povos que comunicavam entre si. Contudo, foram fatores históricos e culturais que estiveram na origem das diferentes línguas.
Sim, é importante sabermos uma segunda língua, mas lembremos sempre de qual é a nossa língua materna.
Tenho observado muitas pessoas que, por tudo e por nada, aplicam na sua conversação expressões inglesas. Fazem-no porque é demonstrativo do seu saber, muito ou pouco, e porque está na moda. Os seus recetores, se entenderam ou não, é pouco relevante. Que aprendam se não sabem!
Há tempos conheci uma pessoa que fez um jogo, com um certo interesse, mas verifiquei que aquele estava todo em inglês, apesar de estarmos em Portugal. Perguntei-lhe qual era o motivo, respondeu-me que, se assim não fosse, as empresas não o comprariam.
Fiquei surpreendida e triste.
Portugal é um país pequeno, efetivamente, mas não nos esqueçamos da riqueza da nossa história, da nossa importância, enquanto descobridores, na conquista de novos territórios, dos nossos escritores e poetas que nos deixaram testemunhos vivos dos feitos portugueses. Nos tempos atuais, dos portugueses que nos fazem orgulhar de sermos o que somos, nas suas variadas atividades e sabedoria.
“O que é Nacional é bom!”, apesar desta frase, há muitos portugueses que continuam a dar preferência ao que é estrangeiro e a ter um pouco de vergonha, para ser simpática, do país que os viu nascer.
O mais triste, porém, é verificar que a população jovem, que são o nosso legado, os nossos futuros representantes e continuadores da História de Portugal, são os que sentem que ser PORTUGUÊS é ser pouco!
Se para uma boa parte da juventude, ser português é ser pouco eu pergunto-lhes: onde está a vossa ambição? O que estão a fazer para, enquanto portugueses, serem MUITO
Sugiro, que todos juntos, lutemos para que Portugal seja mais e melhor e enalteçamos a nossa língua pela sua importância.
É difícil? Não digo que não, mas todos juntos, na defesa do que é nosso, marcaremos a diferença.