Há ainda 47 ocorrências pelo país, sendo que norte e o centro são as zonas mais afetadas até agora. O Instituto da Segurança Social disponibilizou várias linhas de apoio à população.
O norte e o centro do país são as zonas mais afetadas pelos incêndios. Em todo o país há ainda 47 incêndios ativos – 26 deles de elevada importância -, 3568 operacionais, 108 meios terrestres e um meio aéreo envolvidos. Estão a caminho de Portugal dois dispositivos italianos (aviões pesados anfíbios – Canadair) para ajudar no combate às chamas.
Desde as 00h00 deste domingo, 15 de outubro, já houve mais de 500 inícios de fogos, 36 mortos, 63 feridos, 16 deles graves – um deles um bombeiro -, e sete desaparecidos em todo o país.
O alerta vermelho mantém-se em todo o país até às 20 horas da próxima terça-feira, dia 17 de outubro, uma vez que a precipitação prevista não terá a intensidade esperada e devido ao esforço de mobilização no terreno para dar resposta às ocorrências. No entanto, “ainda existem zonas que estão a ser reconhecidas”, segundo a porta-voz da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, mas “não deve faltar muito” para que a situação fique resolvida.
Já foram ativados até ao momento 21 planos municipais de emergência e três planos distritais em Coimbra, Aveiro e Leiria. Os incêndios de Lousã, Guarda e Vale de Cambra são os que apresentam a pior situação até ao momento.
Entretanto, foram decretados três dias de luto nacional (de terça a quinta-feira) e o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios. O Período Crítico de Incêndios foi também prolongado até 31 de outubro, por despacho do Secretário de Estado de Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas.
O Governo divulgou também um conjunto de linhas de apoio à população:
- Linha Nacional de Emergência Social: 144
- Autoridade Nacional da Proteção Civil: 800 246 246
- Nº Verde da GNR / SOS Trânsito: 808 201 855
- Nº geral da GNR: 213 217 000
- Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses: 239 854 230
- Comboios de Portugal (CP): 707 210 220
De relembrar que centros escolares, pavilhões desportivos e juntas de freguesia são alguns dos locais para onde a população desalojada deve recorrer, sendo que a prioridade será sempre retirar das suas casas as pessoas e os animais.
A GNR lembra também:
- “Caso as autoridades aconselhem a sua evacuação, obedeça rapidamente, mas com calma;
- Caso o incêndio se aproxime da sua habitação, ou por ordem das autoridades esteja preparado para evacuar todos os membros da sua família, dando especial atenção às crianças, idosos e deficientes.
- Caso não seja possível pôr a salvo os seus animais atempadamente, solte-os, eles tratam de si próprios;
- Não perca tempo a recolher objetos pessoais desnecessários;
- Não volte atrás por motivo algum.”
Já a Direção-Geral da Saúde recomenda “utilizar máscara sempre que a exposição ao fumo seja inevitável” e “evitar a exposição ao fumo, mantendo-se dentro de casa, com as janelas e as portas fechadas”. Deve também ser “ligado o ar condicionado no modo de circulação de ar” e “evitar a utilização de fontes de combustão dentro de casa, como aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros”.