Daniela Ruah, cabeça de cartaz do último dia da Comic Con Portugal, falou aos jornalistas sobre a sua personagem Kensi, sobre os casos de assédio sexual que estão a acontecer nos Estados Unidos e sobre as diferenças laborais entre os dois países.
A atriz portuguesa Daniela Ruah, que protagoniza a série norte-americana “NCIS Los Angeles”, falou da nostalgia que sentia quando chegava a Portugal e ligava a televisão. Ver as amigas de profissão nas novelas faz-lhe recordar da sua juventude nos vários trabalhos que teve, como, por exemplo, a novela “Jardins Proibidos”.
Quando questionada sobre os casos de assédio sexuais que surgiram recentemente nos Estados Unidos, Daniela reforçou a importância que estes acontecimentos têm. A atriz afirma que nunca se encontrou num caso de assédio, mas acredita que estas declarações das vítimas são fundamentais e necessárias.
Segundo a atriz, as mulheres já se encontram conformadas com a ideia de que têm de passar por certas experiências para serem reconhecidas no seu trabalho, por isso, este caso é fundamental não só para contrariar esta tendência nas mulheres, assim como para fazer refletir quem assedia, perceber que fez algo de errado.
A atriz referiu as grandes diferenças entre trabalhar em Portugal e nos Estados Unidos: “Nos Estados Unidos existe uma lei em que os atores têm de ter pelo menos 12 horas entre a última cena de um dia e a primeira do dia seguinte”. Daniela Ruah refere que estas leis protegem toda a equipa técnica, pois todos conseguem descansar e trabalhar de forma mais rentável.
A protagonista do último dia do evento acrescentou que as empresas que quebram estas leis são obrigadas a pagar multas, acabando, assim, por assegurar alguma proteção, não só aos atores, como a toda a equipa.
Sobre a série “Investigação Criminal” alguma vez passar por Portugal, a atriz acha muito improvável. Apesar de ser algo que fizesse com muito gosto, Daniela acredita que “não há muitos criminosos que passem por Portugal” e, por isso, é improvável que haja algum episódio gravado em terras lusitanas.
Joana Magalhães