Um destes dias, pedi conexão, na minha página de LinkedIn, que é dedicada a relações profissionais, a uma determinada pessoa, que me perguntou se eu o conhecia e de onde, uma vez que ele não se recordava de mim e que, por tal motivo, não podia aceitar a conexão.
Eu disse a esta pessoa que éramos todos habitantes do planeta conhecido como azul e que, portanto, fazíamos todos parte de uma mesma e grande família e que esta página, servia para nos entre-ajudarmos, senão que utilidade ela teria?
Resposta da pessoa: “Então, pode ser que um dia nos encontremos, porque o mundo é pequeno, e eu aceite o seu pedido”.
Claro que entendi a pessoa em causa, mas, por outro lado, pergunto-me porque é que ela está presente numa página que pretende ligar diferentes profissionais e criar relações interpessoais?!
Não permitirmos abertura às outras pessoas e nem sequer oportunidade para que delas falem é uma atitude de antipatia muito grande e de discriminação.
A função espelho, aqui e em qualquer lugar, faz milagres pela mudança que opera nas pessoas. Senão, vejamos: quando eu me coloco no lugar do outro, eu pergunto-me se gostaria de ouvir aquelas palavras e de pronto chegarei à conclusão que poderia ter falado de forma positiva e empática.
As relações pessoais são muito importantes nas nossas vidas e no nosso quotidiano. Se assim não fosse, que razão teria a nossa existência?
Estamos neste mundo com vários objetivos, mas o melhor de todos é sabermos que se estivermos numa situação de aflição, haverá sempre pessoas por perto para ajudar.
Sermos ajudados e ajudarmos quando para tal somos solicitados é, ou deve ser, uma das nossas missões aqui neste planeta e ao longo da nossa vida.
Na minha opinião, existimos para criar laços solidários, para aprendermos, uns com os outros, para crescermos espiritualmente e para fazermos o bem sem olharmos a quem e sem de tal fazermos alarido.
Na minha missão neste mundo, tenho aberto os meus braços, o meu coração, os meus ouvidos e os meus olhos a todas as pessoas que de mim precisam e não me canso nunca de ajudar, nem de sorrir com gosto, nem de espalhar a minha alegria por todos quantos me rodeiam. Não pretendo outra coisa que não seja a minha consciência tranquila ao fim de mais um dia de vida.
Todos nós temos dias menos bons, todos temos os nossos problemas, as nossas tristezas, as nossas frustrações, mas garanto-lhes que todos ultrapassaremos essas situações menos fáceis, com a felicidade que reside bem dentro de cada um. Não estou a falar de cor, mas por experiência própria. Posso estar muito triste, mas consigo rir, cantar, dançar e espalhar a felicidade por todo o lado. Quem me conhece, sabe como o que acabo de escrever é a mais pura das verdades.
As relações que geramos entre todos são deveras enriquecedoras, aprendemos muito, apenas prestando atenção ao outro, praticando a escuta ativa, a empatia, a generosidade… o simples tocar no braço de uma pessoa, ou colocar a nossa mão sobre a mão do outro, transmite conforto, confiança. É o mesmo que dizer: “Eu estou aqui, podes contar comigo”.
A este tipo de comunicação, em que tocamos no outro, com afeto e atenção, chama-se: comunicação quinestésica e é tão importante quanto a comunicação verbal assertiva e empática.
Gosto da “Família LinkedIn”, a maioria das pessoas que fazem dela parte têm sido empáticas e muito agradáveis. Este exemplo que eu citei foi um caso pontual.
Devemos ser elementos motivadores e impulsionadores na vida uns dos outros, ainda para mais se fizermos parte de uma rede, de uma equipa, de uma sociedade e, para tal, palavras como: interajuda, cooperação e adaptação têm um certo peso pelo que significam.
Quando comunicamos, a forma é mais importante que o conteúdo.
Vivemos em sociedade por alguma razão é, não lhes parece? Criarmos laços de amizade, de cumplicidade, de partilha, é fundamental para cada um de nós e para o todo. Juntos fazemos a diferença.