Já imaginou ir a uma consulta num advogado e ser atendido… por um robô? Ou ir a um hospital e o seu diagnóstico ser efetuado por um super-computador? Ou ainda, sair de casa e o seu carro ligar-se automaticamente para si, abrir-lhe a porta, dar-lhe os bons dias, guiá-lo rumo ao destino que você pretender enquanto você está bem sentadinho no
banco de trás? E se o seu carro conseguisse ler a sua mente e prever os seus movimentos enquanto conduz? Parece um filme de ficção científica, certo?
Ontem seria, hoje é realidade. O futuro já chegou. E a inteligência artificial é o seu expoente máximo.
Se, por um lado, é fascinante constatar a dinâmica tecnológica em que vivemos – na qual a inteligência artificial tem vindo, progressivamente, a substituir o Homem nas mais diversas funções – por outro lado, ficamos também a conhecer exemplos que nos mandam um arrepio gelado pela espinha.
Um destes casos foi provocado pela Google. A gigante tecnológica, por exemplo, conseguiu criar um software que se ensina a si próprio a criar novas máquinas. Sim, percebeu bem: há máquinas a aprender como criar outras máquinas. E funciona. Para o bem e para o mal.
Claro está que nem tudo é mau ou perigoso. A inteligência artificial nos automóveis pode ter um importante papel na redução dos gases de efeito de estufa. Noutro campo, o da energia, a inteligência artificial pode melhorar a previsibilidade da procura e do fornecimento de energias renováveis, ao mesmo tempo que torna eficiente o seu
armazenamento.
De qualquer forma, o certo é que, quase sem nos apercebermos, o mundo está a mudar a uma velocidade vertiginosa. A (r)evolução tecnológica em curso está a provocar alterações significativas na vida de milhões de pessoas. E milhões mais serão impactados – para o bem e para o mal – por esta nova realidade.
Agora não há como fugir: o futuro chegou ontem e é indispensável encontrar novas soluções para prevenir os problemas que aí vêm – e serão muitos.
Como sabemos, as soluções do passado não resolvem os problemas do futuro. E o futuro chegou ontem.