“Patudos de Paredes” em desfile de Carnaval este sábado

Paredes vai receber, este sábado, o “Cãonarval 2018”, em que alguns dos animais adotados, através da Associação Patudos de Paredes, ou aqueles que ainda esperam uma família, vão desfilar mascarados.

O evento já vai na segunda edição e conta com um prémio para o animal e dono mascarados que mais conquistem no desfile realizado no Parque José Guilherme. A inscrição no desfile terá o custo de 2 euros, que reverterão a favor da associação.

O objetivo, segundo Nuno Abreu, responsável pela associação, é, de “uma forma mais descontraída e divertida”, dar visibilidade “aos animais que estão para adoção” e ter o contacto com aqueles que por lá já passaram e que são os casos felizes que “dão força para manter esta luta que é a ajuda dos animais”.

Os Patudos de Paredes estão nas redes sociais e Nuno conta que a página de Facebook “tem crescido imenso” e que não funciona apenas pelos likes e sim também pela ajuda, como por exemplo, com ração. “Muitas pessoas ajudam efetivamente e são elas também que nos dão força para continuar este trabalho”, destacou.

No entanto, o responsável pela associação explica que uma das grandes dificuldades que enfrentam é o valor elevado das despesas veterinárias, “que são altíssimas”, mesmo com os preços especiais que os parceiros fazem. “Só para terem uma ideia, uma gastroenterite, que é uma coisa que se trata numa semana, com medicação correta, pode ficar entre os 100 e os 200 e tal euros”, explica.

Ao longo dos quase dois anos de existência, Nuno explica que a associação já salvou cerca de 700 animais, mas sublinha que um grande obstáculo – impeditivo de muitas evoluções – é o facto de ainda não terem conseguido um espaço físico onde os animais possam ficar, algo pelo qual têm, desde o início, vindo a lutar. “Sempre que salvamos um animal, temos que ter ou uma família de acolhimento, que o acolha até ele ser adotado, ou, então, padrinhos ou madrinhas que paguem o hotel”, sublinhou. O responsável pela Patudos de Paredes afirma ainda que quando tiverem um espaço próprio, com condições para tal, a ideia será acolher também animais de porte maior, como cavalos e burros, uma vez que já receberam vários apelos nesse sentido.

A associação é, neste momento, composta por 38 voluntários, a maioria jovens por volta dos 20 anos, mas tem também membros com mais de 40 anos.

Como se processa a adoção de um animal

Neste momento, para adoção através da Associação Patudos de Paredes, existem cerca de 20 animais. Quase todos são cães, mas também existem alguns gatos, em muito menor número.

O contacto com a associação pode ser feito pessoalmente ou através da página de Facebook e de Instagram, onde estão disponíveis fotografias dos animais que necessitam de um lar.

É possível ir conhecer o animal antes de qualquer tomada de decisão e é nessa altura que também são avaliadas as motivações e condições do adotante, a par da interação com o animal, ou seja, há uma “avaliação do tipo de animal que a pessoa quer e o meio onde ele vai ser inserido”, explica Nuno. “Às vezes, acontece que as pessoas estão mais inclinadas para aquele animal, mas esperam para ver outro e depois há um terceiro animal que chega lá, que salta e que lambe e a pessoa apaixona-se e é aquele que conquista o adotante e não propriamente o ver na fotografia”, conta.

A partir daí, a associação pode aceitar ou não a adoção.

Os animais que se encontram no canil municipal, bem como aqueles que advêm de alguns apelos externos, também podem ser adotados através da Associação Patudos de Paredes.

Carnaval 2018
Foto: Associação Patudos de Paredes

 

 

 

 

 

 

 

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