Pois é… Desta vez, apetece-me escrever sobre algo que, normalmente, não tenho e que sinto muita falta, ou seja, apetece-me falar do tempo…
Para evitar mal-entendidos, vale a pena dizer que não pretendo tecer considerações sobre o tempo meteorológico (que aqui em Portugal tem estado virado para a chuva e para o frio), nem tão pouco pretendo emitir opiniões sobre os tempos verbais.
Vou antes compartilhar algumas ideias sobre o tempo cronológico! O mesmo que costumamos medir com calendários ou com relógios.
Na realidade, todos nós costumamos fazer isso no nosso dia-a-dia. Quantos de nós já não dissemos que “o tempo corre”, que “este ano passou depressa / devagar” ou ainda que “esta aula nunca mais termina”?
A questão é que a perceção que fazemos do tempo não é linear, como a de um relógio ou de um calendário…
Penso que é fácil verificar que todos nós somos capazes de sentir a passagem do tempo e de ordenar a ocorrência dos eventos em sincronia com o calendário ou com o relógio. No entanto, o reconhecimento da duração dos eventos é outra história, pois varia muito de pessoa para pessoa e com o próprio tempo.
O facto é que a perceção de tempo de cada um depende de uma série de variáveis, muitas das quais com origem puramente psicológica, que influem na forma como cada pessoa reconhece a duração de cada evento.
Ora, estamos na paralisação das atividades letivas, que se segue à Páscoa. O início do terceiro período já começa no próximo dia 9 de abril. Neste contexto, vale a pena lembrar que com o terceiro período, chegam também as “provas de aferição”, as “provas finais do nono ano”, as “provas de equivalência à frequência do ensino básico” e os “exames finais nacionais do ensino secundário”.
Todas estas provas e exames já estão calendarizados há bastante tempo e possuem duração definida pelo respetivo documento orientador que, conforme é referido pelo próprio documento, “garante o tempo necessário” para a realização das provas / exames.
Ora, em termos individuais, a “garantia” de tempo suficiente deve ser perseguida pelos próprios discentes que deverão, atempadamente, fazer a preparação para as suas avaliações. Só com essa preparação será possível controlar o tempo disponível para resolver da melhor forma possível todos os exercícios que forem propostos.
O controlo do tempo é, pois, fundamental! Sempre foi, aliás! É por isso que a sua falta incomoda tanto!
Se o tempo não for controlado, será ele que nos controlará! Exemplo disso foi dado pelo deus grego do tempo, o deus Cronos, que para controlar a sua sucessão, comeu todos os seus filhos menos um: Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon foram devorados à nascença pelo seu pai, que só não ingeriu Zeus, porque foi enganado pela sua mulher (Heia)… Nessa altura, a salvação de Zeus foi providencial, pois com a sua participação e a colaboração de Métis (que simbolizava a prudência) foi possível salvar os irmãos devorados de Zeus e controlar Cronos…
Tal como aconteceu com Zeus, também nós podemos contar com a ajuda da prudência para controlar o tempo… Basta empenho e responsabilidade!