OPINIÃO: O Aquecimento do Planeta

A ganância desmedida dos homens pelo dinheiro e pelo poder tem tido efeitos colaterais no ambiente e a prová-lo estão as altas temperaturas com que temos sido brindados há já algum tempo, a falta das quatro estações características de todos os anos é também um sinal de que algo está errado.

Está previsto um aumento considerável das temperaturas até 2022, o que reforçará a tendência a longo prazo do aquecimento do planeta.

Os incêndios que têm deflagrado, não só em Portugal, como noutros países, são uma consequência desta vaga de calor.

A emissão de gases tóxicos pelas indústrias, o abate de árvores e o desbravamento de florestas, como por exemplo, a Amazónia, o endurecimento do solo devido ao plantio, além de muitas outras práticas desastradas da civilização podem levar a alterações climáticas significativas.

O que temos vindo a observar é disso sintomático, hoje pode estar um calor insuportável e, volvidos dois, três dias, até pode chover e baixar drasticamente as temperaturas.

O que infelizmente está previsto é um superaquecimento do planeta, com secas no sul da Europa e centro dos Estados Unidos da América. Ocorrerá o deslocamento de chuva para os polos, com desprendimento e descongelamento das calotas polares que elevará o nível das temperaturas e oceanos.

Será que vamos assistir a um novo modelo de clima? Que ambiente terrestre deixaremos aos nossos filhos e netos?
Há todo um conjunto de ações humanas que desencadeiam reações inesperadas do clima e para as quais não estávamos preparados e devemos tudo fazer para mudar maus hábitos, para preservarmos a saúde do nosso planeta azul. Ele agradece e as nossas crianças também.

Os incêndios continuam a ceifar muitos hectares de vegetação, no nosso país, mais um contributo para o aquecimento do globo. Contudo, o que se observa não é o encontrar de soluções, mas um rol infindável de acusações, de apontar de dedos a: – A, B, C, – sem que, porém, ninguém tenha razão.

Há muita gente desempregada no nosso país a precisar de ganhar dinheiro para sustentar as suas famílias, ou seja, mão de obra disponível para limpar as matas durante todo o ano, bem como, vigiar as florestas.

O que o Estado tem feito? Parece-me que absolutamente nada! Porque, apesar de todos os meios necessários ao combate aos incêndios, revela-se sempre pouco e, na minha opinião, é por falta de limpeza e vigilâncias das florestas.

Ao longo da minha infância, não haviam fogos porque as florestas eram vigiadas e limpas.

Se os donos de florestas são negligentes em relação à limpeza daquelas, devem ser os municípios a providenciar a limpeza da mesma, sendo apresentada a conta ao respetivo proprietário.

O ano passado registaram-se mais de cem mortes, logo, torna-se urgente rever a legislação relativa às penas sobre os incendiários, que devem ser agravadas consideravelmente.

É essencial a profissionalização dos bombeiros, para que, durante todo o ano, possam atuar na prevenção de incêndios e que possam conhecer detalhadamente e de norte a sul as florestas e terrenos circundantes.

As populações também devem proceder à limpeza de vegetação junto de suas casas e os bombeiros devem promover sessões práticas de como agir em caso de incêndios.

Todos juntos poderemos contribuir para um melhor ambiente com mudança de práticas que, sabemos há muito tempo, alterarão a existência de vida no nosso planeta.

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