LIGAS DE REFERÊNCIA: Uma locomotiva para a próxima fase

O “Ligas de Referência” aventura-se, pela primeira vez, na Liga dos Campeões! Esta semana, acompanhamos a recepção do FC Porto ao Lokomotiv de Moscovo.

Trata-se do segundo confronto oficial entre as duas equipas, com os dragões a terem vencido o anterior, há cerca de duas semanas, na Rússia.

Para este encontro, apenas uma baixa confirmada para cada lado: Aboubakar, lesionado de longa duração nos portistas e o central georgiano Kverkveliya, nos moscovitas, que foi expulso no jogo da primeira volta.

Prevê-se, conforme anteviu Sérgio Conceição, um desafio mais difícil do que em Moscovo, até porque o FCP não apanhara o Inverno rigoroso russo e porque o adversário se fecha mais e explora melhor o contra-ataque na condição de visitante.

Acreditamos que os azuis e brancos deveriam optar pelo 4-3-3 “modo Champions”, o que se torna mais simples de gerir pelo treinador graças à importante ausência de Tiquinho Soares. No entanto, com o Sporting de Braga “no horizonte”, poderia ser atribuído um repouso – de início – a Moussa Marega, dando nova oportunidade ao cada vez mais maduro André Pereira. No meio-campo, perante as limitações físicas de Héctor Herrera, Otávio poderá construir uma dupla altamente criativa com Óliver Torres, resguardados por Danilo Pereira. No sector defensivo, aí sim, não convém arriscar nada, mantendo o quarteto habitual à frente de Casillas.

O Lokomotiv, a jogar fora e com zero pontos, chega a este jogo com nada a perder e em crescendo de forma. Se não ganha há 11 jogos europeus fora de casa, a verdade é que na Liga Russa vem de sete vitórias consecutivas. Apesar de Yuri Semin preferir um sistema de 4-2-3-1, acreditamos que teria a ganhar se adoptasse uma variante de 3-5-2, bloqueando melhor a capacidade de penetração pelo corredor central do FC Porto, que facilmente aparecem com 2 pontas-de-lança soltos e cujos médios aparecem facilmente na área para finalizar; isso permitiria tirar partido da versatilidade de Howedes e Corluka para dobrar os laterais e fechar no meio.

O africano Idowu e o polaco Rybus teriam os flancos por sua conta, tarefas para as quais parecem estar fisicamente habilitados, pela sua resistência. É no miolo que o “Loko” tem mais opções de qualidade, com a Krychoviak a elevar a dimensão táctica e de início de construção da equipa e Manuel Fernandes a “queimar” linhas em progressão, para depois tentar o último passe ou o remate de meia-distância; a este pode juntar-se Denisov – mais forte defensivamente – ou Barinov – melhor em posse e criação ofensiva. Na frente, os moscovitas teriam muito a ganhar com uma dupla entre os irmãos Miranchuk, que – embora sejam médios-ofensivos/extremos de raíz – funcionam muito bem nas diagonais em profundidade, precisamente onde mais poderão ferir os dragões.

Uma vitória portista seria um passo decisivo para o FC Porto encaminhar o apuramento para a próxima fase e para Portugal se aproximar do sexto lugar da Rússia no ranking da UEFA!

LOKOMOTIV DE MOSCOVO

Guilherme (Medvedev)
Corluka      Rotenberg     Howedes (Mikhalik)
Denisov (Tarasov)
Idowu (Farfán)     Krychoviak     Manuel Fernandes      Rybus
Aleksey Miranchuk (Smolov)     Anton Miranchuk (Éder)

FC PORTO
Casillas (Vaná)
Maxi Pereira     Filipe     Éder Militão (Chidozie)     Alex Telles (Hernâni)
Danilo Pereira
Otávio (Bruno Costa)      Óliver Torres (Sérgio Oliveira)
Corona      Brahimi (A. López)
André Pereira (Marega)

Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.

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