A Casa Conde de Vilas Boas, situada em Barcelos, vai ser recuperada e adaptada para receber o Museu do Design Português, que acolherá o acervo do colecionador, Paulo Parra.
O acordo entre Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara Municipal de Barcelos, e Paulo Parra foi assinado no passado dia 19 de novembro e nomeou que o colecionador cedesse a sua coleção ao museu barcelense por um período de 11 anos.
A coleção, que estará exposta no museu, conta com 500 peças de cerâmica, vidro, madeira, metal, plástico e papel, que representam “as maiores empresas industriais e designers do país” como, Vista Alegre, Electrocerâmica, Porcelanas de Coimbra, Bordalo Pinheiro, Oliva, Hipólito, TAP, entre outras. O valor exato da coleção não é conhecido devido à inexistência de referências nacionais e internacionais que possibilite uma comparação, porém, estima-se que não seja inferior a um milhão de euros.
A Câmara Municipal de Barcelos terá a encargo uma prestação anual de quinze mil euros, nos primeiros dois anos e trinta e cinco mil euros nos seguintes, a pagar ao proprietário Paulo Parra. O município terá o direito de opção caso o colecionador deseje vender a coleção, tendo ainda de editar um livro bilingue sobre a mesma.
O museu abrirá num prazo máximo de 18 meses.
A criação do Museu do Design Português em Barcelos, além de contribuir para um maior conhecimento do design português por parte dos alunos da Escola Superior de Design do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), localizada no concelho de Barcelos, irá também beneficiar o desenvolvimento social, cultural e económico da região barcelense e da Região Norte do País.