O “Ligas de Referência” desta semana faz a antevisão do encontro entre CD Feirense e CS Marítimo.
As duas equipas partem para a 12ª jornada da Liga NOS separadas por apenas um ponto, com desvantagem para os fogaceiros, que recebem os Leões da Madeira na esperança de os ultrapassar na 13ª posição.
O Feirense iniciou a época em grande – chegando a liderar a tabela classificativa –, mas que já não vence para o campeonato desde a terceira jornada, vindo de quatro desaires consecutivos nesta competição.
Já os maritimistas, depois de um arranque com 3 vitórias em 4 jogos, já não vencem há 11 jogos para todas as competições – venceram o Moura para a Taça de Portugal, mas após o tempo regulamentar -, já lá vão mais de três meses. Com o despedimento de Cláudio Braga, Petit pegou na equipa mas tal não teve, por agora, o efeito de “chicotada psicológica” esperado pelos dirigentes verde-rubros.
Os comandados de Nuno Manta beneficiariam com a entrada de Tiago Mesquita ou Diga para lateral-direito, apesar da razoável adaptação de Edson Farías. O brasileiro, pela sua velocidade, poderia ser muito mais útil para explorar um possível adiantamento da linha defensiva adversário, sobretudo se lançado num período de menor fulgor físico da defesa do Marítimo. Perante a ausência de Philippe Sampaio, prefiro Flávio Ramos – foi um esteio na época passada – a Bruno Nascimento, e a agressividade de Vítor Bruno à qualidade técnica de Tiago Gomes.
No meio-campo, João Tavares, jovem que concluiu a formação nos fogaceiros, parece poder trazer mais equilíbrio nos momentos de transição defensiva e ofensiva. Poderá estar aqui a chave para inverter o momento negativo que o processo de jogo feirense atravessa.
CD FEIRENSE
Caio Secco
Tiago Mesquita Briseño Flávio Ramos Vítor Bruno
Cris Santos
João Tavares Tiago Silva
Luís Machado João Silva Sturgeon
Subs.: Bruno Brígido, Diga, Marco Soares, Babanco, Crivellaro, Edson Farías, Edinho
Do lado dos insulares, sem que se pense que Amir tem tido um desempenho negativo, sou maior apreciador das qualidades únicas de Charles Marcelo. Na defesa optaria por Aloísio ou Marcão para fazer dupla com o fiável Zainadine. Apostaria numa estrutura de 4-4-2 tradicional, juntando Jean Cléber a Gamboa ou Fabrício, na zona intermédia. Os esquerdinos Correa e Barrera poderiam alternar entre os dois flancos, com Ricardo Valente – numa opção de maior agressividade táctica – ou Rodrigo Pinho – com classe na movimentação e remate dentro ou fora da grande área – a acompanharem o “novo Marega da Madeira”, Joel Tagueu, salvaguardando as devidas proporções.
CS MARÍTIMO
Charles
Bebeto Zainadine Aloísio Fábio China
Jorge Correa Gamboa Jean Cléber Leandro Barrera
Joel Tagueu Ricardo Valente
Subs.: Amir, Marcão, Rúben Ferreira, Fabrício, Danny, Edgar Costa, Rodrigo Pinho
Espero um jogo equilibrado, de grande agressividade táctica e possivelmente física, entre adversários com objectivos diferentes à partida, mas que se vêem na luta pela fuga aos últimos lugares, que só se augurava aos anfitriões.
Conseguirá Nuno Manta ultrapassar uma equipa que costuma lutar pela Europa? Será Petit a dar o primeiro passo para reerguer o Marítimo europeu?
Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.