Recentemente, o Zoo de Lourosa, em Santa Maria da Feira, recebeu novos habitantes, quatro flamingos que nasceram e já podem ser vistos na sua instalação.
Estes recém-nascidos são o resultado de um projeto para criar uma colónia de nidificação que o único Parque Ornitológico do país iniciou há cerca de nove anos, segundo refere um comunicado.
No final de 2010, o Zoo de Lourosa tinha um grupo de aves selvagens irrecuperáveis que nunca tinha criado. Em fevereiro de 2011, com a intervenção da coordenadora da espécie da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), o parque ornitológico recebeu 10 flamingos jovens do Zoo de Basileia, na Suíça. Naquele ano, foi decretado o “Alerta Rosa” para sensibilizar a comunidade e visitantes para a importância de se cumprir o objetivo de ter uma colónia com capacidade de nidificação.
Com este projeto também foi criada a “Hora de alimentação dos flamingos”, que pretende dar a conhecer aos visitantes as várias curiosidades sobre a biologia desta espécie enquanto o tratador faz a sua alimentação.
A introdução de aves jovens teve grande impacto no comportamento do grupo residente que se tornou mais tranquilo, refere ainda o documento. Já em 2015, quando as aves provenientes de Basileia atingiram a idade adulta, observou-se, pela primeira vez, a construção de ninhos. E em julho de 2017 nasceu o primeiro flamingo do Zoo de Lourosa.
No ano passado, nasceram três flamingos e agora mais quatro. Neste momento, o Zoo possui a reproduzir casais de aves do grupo inicial, casais oriundos de Basileia e casais mistos.
Actualmente, são 31 flamingos, incluindo as crias deste ano, sendo que o objetivo é estabelecer um grupo de 40.
Os flamingos quando nascem são cinzentos e só atingem a coloração de adulto por volta dos quatro anos, quando atingem a maturidade sexual. A coloração rosa deve-se aos pigmentos (alfa e beta carotenos) presentes no alimento que ingerem. Para determinar-se o sexo das aves, é necessário fazer-se uma endoscopia, que é realizada por volta dos seis meses.