Cerveira vai participar em projetos europeus para ajudar a minimizar o euroceticismo e a xenofobia

O município de Vila Nova de Cerveira viu aprovados dois projetos europeus de promoção da cidadania transfronteiriça e coesão social, submetidos ao Programa Europa para os Cidadãos. Fará parte dos projetos “BRIDGE” e “THRUST”, que pretendem debater e definir ideias que possam minimizar o euroceticismo e a xenofobia em contexto europeu, analisando a imigração.

O projeto “BRIDGE – Building Relationships Into a Democratic Goal for Europe” tem em conta a integração de organizações de países vizinhos, integrando 16 organizações de 16 países. Com base nessa realidade geográfica, os parceiros “partilham a mesma vontade de promover uma cidadania transfronteiriça e uma coesão social além- fronteiras, fortalecendo o sentimento de solidariedade entre membros europeus e países vizinhos e reforçando o espírito de solidariedade entre os cidadãos”, refere a autarquia em comunicado.

Durante dois anos, Portugal, Espanha, Eslovénia, Croácia, Bulgária, Sérvia, Itália, Malta, Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Hungria, Eslováquia, Grécia e Albânia propõem-se a analisar as causas que fomentam o sentimento xenófobo generalizado em muitos países, apresentando possíveis soluções para garantir que as regiões transfronteiriças da União Europeia possam, através dos seus próprios meios, melhorar a cidadania europeia – tendo como boa prática o caso do projeto Eurocidade Cerveira–Tomiño.

Em outubro de 2021 o projeto termina com a assinatura de um acordo entre os parceiros que estabelecerá uma rede permanente de colaboração a nível europeu.

Relativamente ao “THRUST – Trusting in Human Resources for Union Solidarity and Teamwork” surge da partilha das experiências de voluntariado dos diferentes países parceiros (Portugal – Vila Nova de Cerveira -, Espanha, Suécia, Polónia, Alemanha, Letónia e Itália), baseando-se em políticas de acolhimento e integração.

Em outubro, os parceiros reuniram-se num encontro que debateu, juntou ideias e apresentou potenciais soluções para sensibilizar os cidadãos para o fenómeno das migrações e fortalecer os laços entre os países participantes.

“Considerada a importância do voluntariado, a meta será representada por jovens voluntários, ONGs e minorias religiosas que podem ser um exemplo de como alcançar os objetivos da integração”, escreve ainda o documento.

O mais recente investimento aprovado e financiado diretamente pela União Europeia para a concretização dos dois projetos, nos quais o município de candidata como coordenador, ronda os 200 mil euros, no âmbito do Programa Europa para os Cidadãos.

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