SC Braga conquista Taça de Portugal

Foto: SC Braga

O SC Braga conquistou a sua terceira Taça de Portugal, ao vencer o SL Benfica na final, por duas bolas a zero. Este encontro ficou marcado pela expulsão do guarda-redes das águis, Helton Leite, aos 17 minutos de jogo.

A expulsão de Helton Leite condicionou por completo a estratégia dos encarnados, os minhotos carregaram a partir daí e acabaram por marcar dois golos. Aos 33 minutos, André Castro rematou ao lado da baliza, depois de uma primeira ameaça de Galeno contra um defesa encarnado.

A equipa minhota continuou a pressionar e, aos 41 minutos, Ricardo Horta preparava-se para encostar para golo a oferta de Abel Ruiz, bem desmarcado por Al Musrati, mas Otamendi surgiu a fazer um grande corte. Foi já perto do intervalo que o SL Benfica teve as suas melhores ocasiões, primeiro num remate de Seferović, depois com Weigl a surgir isolado na área, por Diogo Gonçalves, e a rematar para grande defesa de Matheus.

Mas foi o SC Braga que inaugurou o marcador já nos minutos de descontos da primeira parte. Após uma bola em profundidade para Abel Ruiz, Vertonghen fez o corte e a bola sobrou para Lucas Piazón, que viu Vlachodimos adiantado e fez um chapéu ao guardião grego.

Na segunda parte, o SC Braga quis aproveitar a vantagem numérica para chegar cedo ao segundo golo. Castro e Piazón obrigaram Vlachodimos a aplicar-se várias vezes. Darwin e Rafa poderiam ter empatado o jogo, respetivamente aos 67 minutos, após livre de Taarabt, e aos 68′, na sequência de uma jogada muito confusa na área bracarense.

Mais uma vez, o SC Braga marca um golo, através de Ricardo Horta. Os ânimos exaltaram-se no fim, com Taarabt e Piázon a serem expulsos e com o marroquino do SL Benfica a envolver-se em cenas muito feias com Eduardo, treinador de guarda-redes dos minhotos.

Carlos Carvalhal, treinador dos arsenalistas, dedicou o título aos adeptos e afirmou que “os jogadores foram extraordinários, com uma abnegação extraordinária, um futebol de grande nível e uma atitude espetacular”. “Acho que fomos uns justos vencedores desta Taça de Portugal. Estou orgulhoso e contente ao mesmo tempo porque sou de Braga, cresci no Bairro da Misericórdia, que fica mesmo pertinho do novo estádio. A minha família é toda bracarense e os meus amigos também. É aquele troféu que não tenho um sentimento que se vá comparar a isto”, disse, citado pelo site do clube.

“Mal o árbitro apitou para começar o jogo, senti a equipa focada e agressiva no bom sentido e senti que era o nosso dia. Tinha de ser até porque estamos no ano do centenário, portanto o troféu é para o SC Braga e para os adeptos que não conseguiram estar aqui presentes. É tudo para eles”, acrescentou.

Jorge Jesus, treinador do SL Benfica, afirmou, em conferência de imprensa, que, ficaram sem um jogador (cartão vermelho a Helton aos 17 minutos) num lance. “Até admito que o árbitro não tenha visto o lance, mas o VAR viu e o Helton não toca no Abel Ruiz, que se fez à expulsão. Ainda por cima, a bola está a sair da zona da baliza, daquilo a que chamamos de ‘zona de funil’. Esse lance foi determinante, ficámos a jogar com menos um. A equipa, nos 10/15 minutos após a expulsão, teve algum desequilíbrio, mas depois manteve. A acabar a primeira parte, o Julian [Weigl] tem uma grande possibilidade de fazer o 0-1 e depois sofremos o 1-0 nos descontos, numa situação fácil para a nossa equipa. A perder por 1-0, e com menos um, as coisas ficaram mais complicadas, mas os jogadores do Benfica acreditaram que podiam dar a volta, equilibrámos e procurámos soluções, mesmo com menos um. Quando fomos à procura de tudo, sofremos o segundo golo. Não disputámos o jogo como seríamos capazes”, continuou.

“Sabíamos que o jogo ia ser difícil, o SC Braga tem uma boa equipa, nós também temos e estávamos a passar um bom momento. Sabíamos que teríamos de ser a equipa que fomos ao longo das últimas quinze jornadas do Campeonato Nacional. Onze contra onze íamos estar no jogo como estava o SC Braga. A equipa esteve bem”, indicou, acrescentando que “foi notório” que faltou à equipa das águias “poder ofensivo” e “criatividade”, sendo que a principal responsabilidade de não terem ganho foi o facto de não terem tido “tanto poder ofensivo”.

“O SC Braga ganhou bem, soube jogar com mais um e aproveitou dois erros nossos. Há que dar os parabéns ao SC Braga. É uma derrota pesada, que nos deixa tristes, porque acreditávamos na vitória na final. Era o último jogo, tínhamos a possibilidade de discutir o título e é sempre bom quando temos essa possibilidade. Fomos uma equipa digna”, concluiu.

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