Bem-vindos à nova rubrica do Jornal Referência “Por outras palavras”! Eu sou a psicóloga Diana Constante, mestre em Neuropsicologia e Psicologia da Saúde. Formei-me em 2019 e atualmente trabalho em contexto clínico com diferentes faixas etárias.
Todos os meses irei trazer um conceito relacionado com a Psicologia de forma a explicar e desmistificar ideias existentes nesta área.
O tema escolhido para iniciarmos a rubrica é “A primeira sessão de terapia”. Então, o que realmente acontece numa primeira consulta?
- “É suposto contarmos tudo da nossa vida? E se eu não me identificar com o psicólogo(a)? Vão-me fazer muitas perguntas?”. Estas são várias dúvidas que levam a que muitas pessoas se sintam reticentes em iniciar um acompanhamento psicológico.
A primeira sessão, normalmente, tem a duração de 45 a 60 minutos e é onde se dá o primeiro contacto com o psicólogo. A partir daí, um dos objetivos do psicólogo é desenvolver uma relação terapêutica de empatia e confiança.
A consulta propriamente dita inicia-se com algumas questões, a chamada anamnese, onde o psicólogo questiona o motivo da consulta, principais dificuldades, história pessoal, familiar, social e expectativas referentes ao processo terapêutico. Se não se sentir confortável em falar de algum tema, não há problema! Afinal de contas, ainda não se desenvolveu uma relação de confiança.
Para tirar o melhor partido de uma sessão o essencial é:
- ter motivação para a mudança e estar disposto a identificar e modificar alguns comportamentos e pensamentos que podem estar a prejudicá-lo. Lembre-se, se nada mudar, as consequências serão as mesmas;
- ser sincero – o psicólogo não consegue ler a sua mente, por isso, é importante ser verdadeiro e responder às questões com sinceridade;
- fazer questões sempre que tiver alguma dúvida ou não compreender alguma coisa.
Nunca esquecer que a relação terapêutica é assente na confidencialidade e privacidade.
Assim, não espere respostas imediatas e resolução de problemas na primeira sessão. Seja paciente, esteja aberto para a mudança e, se não se sentir bem ou não existir nenhuma conexão com o psicólogo, não desista. Diferentes psicólogos têm várias abordagens terapêuticas e existem muitas formas de atingir o mesmo resultado.
Na dúvida, procure ajuda!
