No Jornal Referência, a maior parte da equipa é formada por mulheres. Mulheres interessadas, empreendedoras, criativas, determinadas e informadas. Mas não só.
A escrever numa folha (ou no teclado de um computador, como nos dias de hoje), podemos lutar por uma informação verdadeira, independente e que tente chegar a todos.
Todas pudemos, felizmente, estudar, exercer a nossa profissão e estar agora a escrever estas palavras, até aos dias de hoje, sem estarmos a fazer algo contra a lei. Mas nem todas as mulheres no mundo podem dizer o mesmo.
Hoje, assinala-se o Dia Internacional da Mulher, nas vésperas de uma eleição legislativa, no ano em que a democracia celebra 50 anos em Portugal.
A primeira mulher a votar no país foi Carolina Beatriz Ângelo, em 1911, mas sucederam-se vários recuos em que o voto era apenas exercido pelo homem ou, então, pela mulher, mas com a autorização do marido. Apenas depois da Revolução dos Cravos, em 1974, é que foi consagrado o sufrágio universal e foram abolidas as restrições ao direito de voto baseadas no sexo dos cidadãos.
Só há 50 anos é que todas as mulheres portuguesas têm o pleno direito de votar e ajudar a escolher os destinos do seu país. É importante repetir esta informação!
Atualmente, ainda existem muitas mulheres no mundo sem acesso à educação, a higiene e, muito menos, a votar. Ou seja, sem liberdade.
No domingo, em Portugal (ou no estrangeiro), mulheres e homens vão poder exercer este direito e ter um papel ativo no preenchimento da folha em branco que são os restantes dias deste ano e os que se sucedem.
Que todos os seres humanos saibam sempre lutar pelos seus direitos e fazer-se ouvir, sem nunca esquecer que um papel e uma caneta na mão podem fazer a diferença.