“Avatar, The Last Airbender” começou por ser uma série de animação transmitida no canal Nickelodeon, entre 2005 e 2008, e que contou com três temporadas. Na série, o mundo dividia-se entre quatro nações: as Tribos da Água, o Reino da Terra, a Nação do Fogo e os Nómadas do Ar. Estas nações viviam em paz, até que a Nação do Fogo decidiu atacar as outras, mergulhando o mundo em caos e destruição. Alguns dominam estes quatro elementos com variantes das artes marciais asiáticas, o chamado “bending”. A única pessoa que têm o poder de dominar os quatro elementos é chamado de Avatar, aquele que pode trazer de volta a ordem ao mundo, podendo ser mulher ou homem.
Esta é a história por detrás desta série animada. É aqui que entra AAng, um menino nómada do ar, que é encontrado por Katara, uma rapariga da Tribo da Água do Sul, portanto, Waterbender (dominadora da água) e pelo seu irmão Sokka. Aang é especial e desde cedo Katara e Sokka o percebem. Voando em Appa, um gigante bisonte do ar, os três vivem aventuras e encontram muitos perigos e amizades ao longo do caminho, ao mesmo tempo que cumprem o destino de Aang de dominar os quatro elementos, tornando-se num Avatar.
Em 2010, surgiu um filme ambientado neste mundo, realizado por M. Night Shyamalan, que logo se tornou um flop de bilheteira recebendo muitas críticas negativas e considerado um dos piores filmes de sempre. Entre 2012 e 2014 foi para o ar uma sequela da série animada original, chamada “A Lenda de Korra”, seguindo as aventuras de Korra, uma rapariga Avatar.
Até que chega o ano de 2024 e “Avatar, The Last Airbender” recebe uma nova roupagem, desta vez com um elenco de pessoas reais, o chamado “live-action”, que chegou pelas mãos da Netflix e que rapidamente se tornou um sucesso de visualizações, ultrapassando, veja-se bem, a estreia de “One Piece”.
Para mim, que me considero fã da série animada original, apesar de não ter visto nem “A Lenda de Korra” nem o filme de Shyamalan, esta adaptação “live action” encheu-me a vista e o coração. Quando se conhece a história, o mundo em que esta é ambientada e as personagens, é giro sermos surpreendidos com a forma como fizeram determinada cena e a compararmos com o material original. Esta adaptação conta com interpretações de Gordon Cormier, Ian Ousley, Kiawentiio, Dallas Liu, Paul Sun-Hyung Lee, Daniel Dae Kim, entre outros. É uma adaptação muito fiel à fonte de origem e quem nunca viu Avatar nem sabe de que se trata, rapidamente se torna fã e criamos rapidamente empatia com as personagens, também porque os actores carregam consigo a humanidade das personagens, apesar de a série original ser animada e de só ouvirmos as vozes dos actores, naquele caso.
O mundo é riquíssimo, ambientado por humanos e animais, a paleta de cores e a fotografia são lindíssimas, a banda sonora transporta-nos para a série original, num misto de sorrisos e lágrimas.
A Netflix, nos últimos anos, tem tido estreias impressionantes e “Avatar, The Last Airbender” é mais uma, entrando para o top das séries mais vistas e recebendo uma renovação para uma segunda e terceira temporada, provando que não só o Avatar domina os elementos, como a plataforma de streaming também o faz.
Estrelas: 10 em 10
Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.
