A sustentabilidade, as mudanças climáticas e a brisa primaveril do Portugal Fashion

Foto: Ana Marinho

A 45.ª edição do Portugal Fashion passou pela Alfândega do Porto, trazendo consigo as propostas primavera/verão 2020 de diversos designers nacionais e internacionais.

Desta vez, arrancou na quarta-feira, um dia mais cedo da semana, com o certame habitual: a plataforma Bloom, que teve, pela primeira vez, a participação de jovens designers internacionais, nomeadamente, sete finalistas da Milano Moda Graduate SS20. Nessa mesma noite, destaque para Katty Xiomara, que presenteou com uma coleção sustentável, com materiais recicláveis e amigos do ambiente, cujo desfile decorreu, numa antiga tipografia, agora reformulada no Hotel Tipografia do Conto.

Carla Pontes abriu o segundo dia e deixou a passerelle de parte, apostando numa instalação que denominou de “PAUSA” com um só conceito em mente, a slow fashion. Seguiu-se Estelita Mendonça com tecidos impermeáveis e criações tye-dye, técnica de estampagem.

Foto: Desfile Diogo Miranda | Ana Marinho

Já Luís Buchinho, levou à Alfândega a “Turista Acidental”, uma coleção inspirada no ambiente citadino, com peças fluídas e práticas para pessoas reais.

Este dia, fechou com o desfile do estilista francês Nicolas Lecourt Mansion, com o intuito de internacionalizar o evento.

A quinta-feira ficou marcada pelo desfile de Diogo Miranda. No exterior do edifício da Alfândega, com o Rio Douro como pano de fundo, o estilista apresentou uma coleção romântica, elegante e feminina, onde Maria Miguel – a modelo portuguesa de 19 anos que conquistou a Saint Laurent – brilhou.

De seguida, ao som de “Hunger of the Pine”, surgem na passerelle as criações de Sophia Kah. Uma coleção brilhante, repleta de cor por entre crop tops rendados, chapéus de palha e sandálias rasas.

Foto: Desfile Pé de Chumbo | Ana Marinho

Por último, destaque para a marca Pé de Chumbo, de Alexandra Oliveira, que enche sempre os olhos com os seus tecidos trabalhados e texturas, levou o público para o tema das alterações climáticas com a paleta de cores escolhida, o verde – simbolizando a floresta e a natureza -, o preto – a mudança – e o branco – revelando a esperança que ainda há tempo de salvar o planeta.

As portas da Casa de Serralves abriram-se, na manhã de sábado, para receber a dupla Marques/Almeida. Após terem apresentado a sua coleção para a próxima temporada na Semana da Moda de Londres, Marta Marques e Paulo Almeida inspiraram-se no punk e o no grunge.

Foto: Risca de Giz | Ana Regina Ramos

A tarde iniciou com os mais novos na passerelle, no âmbito da Kids ModaPortugal.

De seguida, destaque para Susana Bettencourt que chegou com “Super Humano – Hora de Mudar”, uma coleção sem estação definida, marcada por malhas tricotadas e tecidos fluídos, ideal para qualquer época do ano, acolhendo assim, de novo, a slow fashion. A estilista apresentou ainda, uma coleção-cápsula solidária, em parceria com Ana Guiomar, cujos lucros revertem para a ATA – Associação Telefone de Amizade, que se dedica à prevenção do suicídio e apoia pessoas em crise pessoal.

O último dia fechou com os desfiles de Maria Gambina e da dupla Alves/Gonçalves.

In “It’s Trendy”

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