EM TELA: “Rabo de Peixe” – Um marco histórico para a produção cinematográfica nacional

É com um grande orgulho e prazer que hoje vos escrevo sobre a nova série portuguesa que estreou a 26 de maio na Netflix, “Rabo de Peixe”. Este é um conteúdo cinematográfico que colocou o nosso país na “boca do mundo” ao estar, pela terceira semana consecutiva, no ‘top’ global das 10 séries mais vistas em língua não inglesa.

Segundo o jornal Público, “ao final do dia de terça-feira (hora portuguesa), o rol global e por país da Netflix confirmou novamente que ‘Rabo de Peixe’, ou ‘Turn of the Tide’ no seu título internacional, é a nona série em língua não-inglesa mais vista nos mais de 190 países e territórios em que a plataforma opera. Já acumula, em duas semanas, 7,8 milhões de horas consumidas”. Esta é uma produção da Ukbar Filmes e foi realizada na sequência “do concurso que o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) lançou para escrita e desenvolvimento de argumentos”.

“Rabo de Peixe” é a segunda série portuguesa a estar presente numa plataforma de streaming e é um marco histórico para a produção cinematográfica nacional. Num país onde, muitas vezes, não se dá valor à cultura e se desvaloriza o que é nosso. Num país onde existe um preconceito enraizado que o que é português não é bom. Infelizmente, esse pensamento expande-se também para o cinema e esta série veio provar exatamente o contrário: o cinema português é bom e tem qualidade. A cultura em Portugal não é valorizada, mas não está esquecida.

A história desenrola-se nos Açores e tem como argumento uma história real que aconteceu em 2001, quando o barco de um traficante de droga largou vários fardos de cocaína perto da freguesia. A população apanhou grande parte da mercadoria e, até hoje, não se sabe o que aconteceu com parte da droga encontrada. Na série, o que acontece a partir daí é ficção e a imaginação do que poderá ter acontecido. Um elenco de excelência deu vida a esta narrativa, entre eles: José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão, Albano Jerónimo, Maria João Bastos e Pepê Rapazote, que ocupa também o papel de narrador.

Em suma, acho que já deu para perceber que aconselho a 100% “Rabo de Peixe”. Uma série que mostra a nossa visão, a nossa cultura e o profissionalismo dos atores portugueses. O que é português é bom e, se não formos nós, espetadores, a apoiar a cultura, quem o fará?

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