No dia 31 de Agosto de 2023, a Netflix adicionou ao seu vasto catálogo um conteúdo que rapidamente se tornou o maior lançamento do ano e que inclusive superou o recorde de “Wednesday“ e “Stranger Things”. Essa série é nada mais nada menos que a adaptação em live-action de “One Piece”, famoso mangá escrito e ilustrado por Eiichiro Oda, que começou a escrever em 1996, que já dura há mais de 25 anos e ainda não parou e que também conta com um anime.
Para quem não conhece, de que trata “One Piece”?
One Piece é um tesouro lendário que é motivo de cobiça de todos os piratas. Entre os que o querem encontrar está Monkey D. Luffy, um jovem aventureiro que quer ser o rei dos piratas. Munido do seu icónico chapéu de palha e sentido de aventura, ele viaja pelos mares, encontrando vários perigos mas também amigos que farão parte da sua tripulação, como por exemplo, Usopp, um atirador que gosta de contar histórias, Roronoa Zoro, um espadachim, o cozinheiro Sanji e a ladra e navegadora Nami. Cada qual com um sonho em mente, vivem incríveis aventuras juntos enquanto exploram o mundo.
Nunca li o mangá nem vi o anime, mas já tinha ouvido falar do fenómeno “One Piece”. Até que vi esta adaptação em live-action. Normalmente, este tipo de adaptações de animes não se realizam da melhor forma e acabam por dividir o público ou ter uma história superficial em relação ao material de origem. Por essas razões, essas adaptações poderão ser alvo de fracas visualizações, apesar de orçamentos altos, e acabam por ser canceladas. Veja-se o caso de “Cowboy Bebop”, de 2021, também adaptada de um anime, que acabou por ser cancelada ao fim de uma temporada.
“One Piece” parecia rumar pelo mesmo caminho. O mundo é extenso, existem vários arcos narrativos e inúmeras personagens. A adaptação em live-action é ambiciosa, a começar pelo orçamento, que ronda os 18 milhões de dólares por episódio. Nota-se que os criadores fizeram de tudo para não decepcionar os fãs do anime e o resultado foi surpreendentemente positivo, considerada pela crítica uma adaptação fiel.
A primeira temporada conta com actuações de Iñaki Godoy (Luffy), Mackenyu (Zoro), Jacob Romero (Usopp), Emily Rudd (Nami), Taz Skylar (Sanji), entre outros. De realçar as performances destes actores, que deram tudo de si para representar estas personagens icónicas para muitos fãs espalhados pelo globo.
Recheada de acção, batalhas estonteantes, mas também de momentos bastante emotivos, com uma banda sonora que fica no ouvido e balançando entre efeitos práticos e CGI, a primeira temporada de “One Piece” carrega consigo o peso de apaixonar os fãs do anime original e de trazer novos fãs que desconheciam o material de origem, como é o meu caso.
Como fã de aventuras, histórias sobre piratas, comédia e acção, esta temporada cativou-me logo no primeiro segundo e nunca me desiludiu ao longo dos seus oito episódios.
Quanto ao futuro da série, os produtores esperam por 12 temporadas, devido ao vasto material original, mas, por agora, sabemos que foi renovada para uma segunda temporada.
Com tanto ainda para adaptar, conseguirá esta versão live-action rumar a bom porto e ser um grande tesouro no imenso mar que é a Netflix?
Estrelas: 10 em 10
Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.