Depois das acusações ao actor Jonathan Majors e de a Marvel ter entrado em fase de declínio, já pouco se esperava da lendária empresa dos super-heróis, até que dos céus chega Deadpool, esse valente guerreiro, com a missão de tentar erguer o MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). E não veio sozinho. Saído directamente dos escombros da Fox, Wolverine, o Garras de Aço, chega à arena e cruza-se com este Deadpool para uma aventura que mistura linhas temporais, multiversos, violência, muita violência, mais violência ainda e doses adicionais de loucura.
Será que este filme é suficiente para salvar o universo cinematográfico da Marvel? Não sei, mas é um passo no caminho certo. O filme é bem divertido, ri-me grande parte do tempo, as piadas são mesmo à Deadpool, com alfinetadas aqui e ali, especialmente à Fox, bem violento (já disse isto?). A realização e os diálogos são dois dos pontos fortes do filme, a música utilizada também não desilude.
O filme peca, na minha opinião, é na narrativa, que é atirada para segundo plano e não é muito bem explorada, o que faz com que os arcos narrativos sejam relativamente simples e não haja complexidade no enredo. A vilã também não foi um dos pontos fortes do filme, a personagem carece de mais aprofundamento.
Contudo, e como referi no título desta crítica, Ryan Reynolds e Hugh Jackman é uma parceria que nós precisávamos e não sabíamos. Este duo funcionou lindamente, é giro ver como duas personagens muito diferentes se cruzam no ecrã. De Deadpool já estávamos à espera, sobretudo da quebra da quarta parede, tão tradicional nestes filmes do herói de fato vermelho. Há muitos ‘cameos’ e surpresas agradáveis para desfrutar e sem sombra de dúvidas que o filme é um tempo bem passado.
Será que a partir deste filme o MCU vai voltar à sua antiga glória? Não sabemos.
O que sei é que já tinha saudades de um filme de super-heróis.
Estrelas: 08 em 10
Este autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico.