Antes de começar a minha análise ao filme, tenho de dizer o seguinte: não é qualquer filme que me faz chorar, sobretudo do início até ao fim. Mas a verdade é que “The Wild Robot” teve esse dom. Considero que é um dos melhores filmes de animação que vi na vida, e está nomeado para Melhor Filme de Animação, Melhor Banda Sonora e Melhor Som para os Óscares deste ano.
Produzido pela DreamWorks (estúdio responsável por sucessos como “Shrek” ou “How to train your Dragon”) e baseado no livro de 2016 com o mesmo nome escrito por Peter Brown, realizado por Chris Sanders, a narrativa segue Roz, uma robô que, depois de uma tempestade, aterra numa ilha e se vê rodeada de animais com os quais faz amizade, tendo também a missão de cuidar de uma pequena ave.
O filme é extremamente bonito e emocional, explora bem as relações entre os animais e a robô, desde o estranhamento inicial de uma espécie diferente num meio diferente, até à cooperação conjunta e à luta pela preservação do ambiente face a factores externos. É um filme que nos ensina a termos compaixão por todas as espécies, sejam elas quais forem, não importando como somos mas como nos comportamos e como nos ajudamos.
As paisagens são magníficas, passando por uma tonalidade de cores e ambientes, a banda sonora arrepia a espinha e as interpretações vocais são extraordinárias, tendo o filme um leque de vozes de actores como Pedro Pascal, Lupita Nyong’o, Bill Nighy, Mark Hamill, entre outros, que, com doçura, ajudam a moldar os bichos de “The Wild Robot”.
A canção “Kiss The Sky”, apesar de não estar nomeada para a edição deste ano dos Óscares na categoria de Melhor Canção Original, fica no ouvido e tem uma letra inspiradora.
Num ano em que a animação é uma aposta forte nos Óscares, pode ser que este filme ganhe a estatueta dourada pela sua história bonita e forte.
Estrelas: 10/10
Imagem: DR/Jornal Referência
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