A incompreensão e maldade humana continuam a surpreender-me e questiono-me, vezes sem conta, como existem pessoas capazes de brincar com a vida e sentimentos alheios? Que prazer retirarão em ludibriar os outros? Em passarem por aquilo que não são? Em inventarem situações que só existem nas suas cabeças?
As redes sociais têm sido usadas para divulgação e intercâmbio de ideias, relações profissionais, amizades, mas também são indevidamente usadas por pessoas sem escrúpulos, cujo passatempo favorito é insinuarem-se e manipularem outras a seu bel-prazer.
Homens há cujo passatempo favorito é conquistar mulheres, através das redes sociais, para mais à frente lhes pedir dinheiro.
Abordam a sua vítima com palavras glamorosas, cheios de boas intenções, falam em amor, em fazer parte da vida das mulheres e vão construindo a sua teia à volta delas. Quando se apercebem que a sua presa está bem atada à teia, contam uma história muito triste e pedem ajuda financeira.
É evidente que muitas mulheres conseguem acordar do entorpecimento a que foram sujeitas e mandam-nos pedir dinheiro ao banco, que é exatamente para isso que aqueles existem.
E os pobrezinhos, quando sentem que a sua maquinação foi descoberta e que dali não levam nada, ficam muito abespinhados, porque coitados, ninguém os entende, afinal, deram tanto de si e receberam tanta falta de amor e compreensão.
Escusado será dizer que estes “melros”, que cantam muito bem, justiça lhes seja feita, inventam profissões topo de gama e falam muito bem inglês.
Normalmente, estão nos seus países, ou em trabalho, em regiões distantes, e, quando descobertos, eclipsam-se. Não se lhes vê mais a cor ou o canto.
Claro que o desaparecimento destes “melros” tem por finalidade não serem denunciados pelas suas vítimas, o que, em minha opinião, não deveria acontecer. O ideal seria eles não poderem limpar a sua presença nas redes sociais, para que, desta forma, fossem devidamente catalogados e inseridos no lugar adequado a este tipo de “pássaros”.
Entendo e apoio que a privacidade de cada um deve ser preservada, por isso, achei pertinente alertar para este tipo de situações, para que haja mais cuidado, por parte de quem recebe galanteios e pedidos de amizade destes “melros encantatórios”.
Atenção, porque muitos deles até oferecem “mundos e fundos”, mas é tudo fogo de vista, com apenas um objetivo: servirem-se a eles próprios.
Porque o que brilha nem sempre é de ouro e de boas intenções está o inferno cheio, melhor será prevenir que remediar.
Tenham uma ótima semana e não se deixem levar e envolver no “Canto do Melro”.