O Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, inicia esta semana um processo de conservação e restauro das fachadas do histórico edifício que estará concluído até à primeira semana de setembro.
Esta intervenção envolve um investimento de 80 mil euros e conta com o acompanhamento e supervisão da Direção Regional de Cultura do Norte, segundo refere nota enviada à comunicação social.
Os trabalhos resultam de uma inspeção periódica, prevista no plano de manutenção das fachadas do TNSJ e realizada em julho de 2017, ao estado de conservação das esculturas e elementos decorativos da envolvente exterior do edifício. Foram identificados elementos das esculturas já em destacamento, “o que impõe uma intervenção urgente de reparação, de modo a reverter o fenómeno de corrosão das armaduras destas peças e a evitar a queda de pedaços de argamassa em via pública”, refere a nota.
A conceção das figuras e carrancas deste edifício centenário envolveu três escultores da cidade do Porto, Henrique Araújo Moreira (1890-1979), Diogo de Macedo (1889-1959) e José Fernandes de Sousa Caldas (1894-1965).
Este edifício já foi classificado como Monumento Nacional, por isso, a nota refere ainda que “a intervenção irá acautelar os princípios de integridade e de autenticidade do projeto” do arquiteto portuense Marques da Silva.
A intervenção coincide com a aprovação do projeto de eficiência energética para o TeCA (220 mil euros), cuja execução começa no último trimestre. Este Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) pretende melhorar a eficiência energética do Teatro Carlos Alberto (TeCA), que integra a estrutura do TNSJ, sem suspender a sua atividade.
Os principais objetivos deste projeto passam pela substituição da iluminação existente por iluminação LED, a instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura do edifício para produção de energia e a implementação de um sistema de gestão inteligente dos consumos energéticos.