31 de dezembro de 2019
A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan, na província de Hubei, reportou 27 casos de uma pneumonia de causa desconhecida. Todos os casos estavam ligados a um mercado de alimentos e animais vivos (peixe, mariscos e aves) em Wuhan.
9 de janeiro de 2020
O Centro de Prevenção e Controlo das Doenças da China informa que um novo coronavírus, SARS-CoV-2 (Covid-19), foi detetado como agente causador de vários casos de pneumonia.
31 de Janeiro de 2020
O Covid-19 espalhou-se pelo mundo. Neste momento, há mais de 30 mil vítimas mortais e centenas de milhares infetados.
Mas o que é?
A Organização Mundial da Saúde atribuiu o nome, Covid-19, à doença que resulta das palavras “Corona”, “Vírus” e “Doença” com indicação do ano em que surgiu (2019).
O SARS-CoV-2, como vimos acima, é o nome do novo coronavírus que foi detetado na China, no final de 2019, e que significa “síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2”. A Covid-19 é a doença que é provocada pela infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
As primeiras descrições de epidemias causadoras de tosse foram efetuadas pelos romanos no século V antes de Cristo e fortemente sugestiva de que se tratavam de epidemias de gripe com sintomatologia muito variável da gripe que não raramente é confundida com outras doenças do foro respiratório: tosse, febre, dores articulares/musculares. O agente causal só viria a ser conhecido como vírus da gripe em 1933.
Tal como é hoje com coronavírus, o prognóstico era gravíssimo para todas as pandemias gripais, nomeadamente para as pessoas idosas e debilitadas.
A história diz-nos que, de facto, aparecem, de tempos a tempos, epidemias virais/gripais. Uma das mais graves aconteceu no século XX. Foi uma pandemia apelidada de gripe espanhola, que ocasionou entre 1918 e 1920 mais de 25 milhões de mortos (naquela época ainda não era conhecido o agente infeccioso). Recorde-se que na Segunda Grande Guerra morreram cerca de 8.5 milhões.
Entre 1957 e 1958, surgiu, em Singapura, uma pandemia chamada de gripe asiática, que atingiu praticamente todo o mundo, ocasionando um maior número de infetados, mas com menor índice de mortalidade.
Em 1968 – 1972, surgiu a gripe de Hong-Kong que ocasionou, só em França, cerca de 32 mil mortes, atingindo em cerca de 87% das vítimas homens e mulheres com mais de 60 anos de idade.
Entre 2002 e 2003, a síndrome respiratória aguda grave (infeção provocada pelo coronavírus SARS-CoV) e, em 2012, a síndrome respiratória do Médio Oriente (infeção provocada pelo coronavírus MERS-CoV) conhecida por gripe das aves que ocasionou algumas mortes e um grande número de infetados.
Na verdade, o vírus da gripe tem uma alta variabilidade, mesmo dentro de cada subtipo. Esta variabilidade advém da sua alta taxa de mutação, mas também da capacidade de recombinação, isto é, de haver troca de material genético entre dois subtipos diferentes de vírus, quando ambos infetam a mesma célula, dando origem a novos vírus com segmentos genéticos de ambos os vírus “progenitores”.
Ainda não há informação suficiente sobre a forma exata de transmissão do Covid- 19 entre humanos, mas o vírus parece ser transmitido através de pequenas gotículas do nariz ou da boca expelidas por tosse, espirros ou secreções de pessoas infetadas. Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera importante manter uma distância superior a um metro de uma pessoa infetada.
Essas gotículas podem também permanecer por mais de 24 horas em objetos e em superfícies. Se as pessoas tocarem ou tiverem contacto com esses objetos ou superfícies contaminadas e depois tocarem nos olhos, no nariz ou na boca, podem ficar infetadas.
Os estudos realizados sugerem que o vírus que causa a doença denominada Covid-19 é transmitido, principalmente, pelo contato com gotículas respiratórias e não pelo ar, embora a transmissão pelas fezes e pelo suor também possam acontecer.
Assim, caros/as leitoras – As pessoas infetadas com coronavírus podem apresentar, principalmente, sinais e sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse, rinorreia, cansaço, dores musculares e dificuldade respiratória. Nos casos mais graves, pode levar a pneumonia atípica grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, septicemia e morte.
Vamos todos seguir as recomendações e orientações dadas pelos serviços de saúde e vamos vencer o coronavírus!