As “Festas Antoninas”, de Famalicão, a “Festa dos Caretos, dos Rapazes e de Santo Estêvão de Torra de Dona Chama”, de Mirandela, o “Processo de Confeção de Capa de Honras”, do concelho de Miranda do Douro, e a “Pesca nas Pesqueiras do Rio Minho” são as mais recentes inscrições no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).
As “Festas Antoninas” realizam-se anualmente em Vila Nova de Famalicão, entre a primeira semana de junho e o dia 13 de junho, dia de Santo António. É considerada uma das mais importantes festas do concelho, integrando diversas atividades de natureza religiosa ligadas ao culto a Santo António e também conta com atividades profanas.
De acordo com a publicação em Diário da República, esta oficialização “reflete a importância da romaria enquanto reflexo da identidade da comunidade, bem como o seu valor cultural e social”.

A “Festa do Caretos, dos Rapazes e de Santo Estevão de Torre de Dona Chama” é uma festividade cíclica no concelho de Mirandela, “que representa um marcador identitário muito significativo para a comunidade local, reforçando a sua coesão social, cultural e simbólica, no contexto natalício das festividades de inverno da região transmontana”, pode ser-se numa nota de imprensa.
Quanto ao “Processo de Confeção de Capa de Honras”, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) reconhece “a necessidade de salvaguarda urgente a este saber-fazer, que atualmente está apenas na posse de três artesãs em Portugal”, pode ler-se numa nota de imprensa. Os mirandeses atribuem um elevado valor social e simbólico a esta peça de vestuário.

A inscrição da manifestação “Pesca nas Pesqueiras do Rio Minho” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial destaca “a importância desta prática enquanto reflexo da identidade da comunidade, os processos sociais e culturais nos quais teve origem e as dinâmicas de transmissibilidade desenvolvidas até ao momento presente”, refere um comunicado da Direção Regional de Cultura do Norte.
Este processo destaca-se enquanto património cultural imaterial na forma como “as comunidades humanas ribeirinhas ao rio Minho conseguiram entender o contexto ecológico e usar os recursos à sua disposição, dentro das condições orográficas, geológicas, hidrológicas, haliêuticas, social e ambientais do espaço referencial ao ecossistema onde vivem”.
A Festa das Rosas, em Viana do Castelo, e a Semana Santa de Braga são outras celebrações nortenhas já distinguidas com o estatuto de Património Cultural Imaterial de Portugal.