DÁ-ME LETRA: KoRn SK estrearam-se em Portugal e mostraram-se rendidos à energia do público

Com o início do mês de dezembro, chegam as comemorações natalícias e, para os KoRn SK, foi sinónimo de novas experiências. A banda eslovaca de tributo aos KoRn estreou-se em Portugal, na abertura do concerto dos Hybrid Theory, no Multiusos de Gondomar.

“Everybody get down [Toda a gente para baixo]. Are you ready? [Estão prontos?]”, disse o vocalista, Lukáš Fuxo Gašparík, no início icónico da música “Blind” e que levou a plateia ao êxtase.

Este foi um dos momentos preferidos do concerto para o baterista, Lukáš Tuky Michálek, e para um dos guitarristas, Miki Bello: “Eu não esperava que toda a gente do espaço se abaixasse. Eu estava, tipo ‘Uau! Mas que raio? Foi de loucos’. Nunca fizemos isso antes com tanta gente”.

“Eu gostei da plateia a gritar na ‘Falling Away From Me’, quando eu gritei ‘Porto’. Isto deixou-me de boca aberta”, recordou o vocalista.

“Para mim, foi o início do concerto, quando eu chego ao palco, cumprimento toda a gente e… Uau! Aquilo foi muito fixe para mim”, exclamou outro dos guitarristas, Roman Kevický. “Foi um concerto muito bom”, reconheceu Jimi Knotek.

“Foi, obviamente, o maior concerto que esta banda já alguma vez fez e aproximarmo-nos daquele tipo de público foi uma total novidade para nós! Nunca fizemos nada do género, por isso, estávamos mesmo nervosos e não sabíamos mesmo o que esperar. Mas resultou em algo ótimo”, sublinhou Lukáš Tuky Michálek.

Esta foi a primeira vez dos KoRn SK em Portugal e deixou marcas, quer nas suas memórias, quer no impacto nas redes sociais. “As pessoas foram muito reativas e até nos reconheceram depois. Quando fomos para a plateia ver o concerto dos Hybrid Theory, apareceram para dizer ‘Olá’ e tirar fotos connosco. Então, sim, a reação tem sido inacreditável”, sublinhou Lukáš Tuky Michálek.

“Ontem fizemos o abraço de grupo pela primeira vez. Nós percebemos que ‘ok, talvez para este tipo de concertos’… Não sabíamos o que estávamos a fazer, estávamos fora de nós. (…) Mas ontem sentimos que deveríamos fazê-lo”, confessaram, referindo que estavam “muito nervosos”.

Num ambiente descontraído e dedicado ao rock, o Hard Rock Cafe Porto, os cinco elementos desta banda de tributo contaram que o grupo foi formado em 2012, mas dos membros fundadores apenas se mantém o vocalista. Os KoRn SK passaram por “várias mudanças” para se tornaram o que são hoje, mas acreditam que “valeu a pena” porque trouxe-os “ao Porto” e onde estão agora.

Questionados sobre o porquê do tributo aos KoRn, responderam prontamente: “Essa é fácil! Nós adoramos os KoRn”.

“É por minha culpa porque eu canto como o Jonathan Davis [vocalista dos KoRn] e eu não estou a fazer nada de diferente com a minha voz, a minha voz parece-se naturalmente com a do Jonathan Davis”, mencionou Lukáš Fuxo Gašparík.

Todos os elementos da banda vêm de áreas profissionais diferentes, mas têm a ambição em comum de viver apenas da música: “Fazemos música todos os dias, mas não vivemos dela, ainda, mas estamos a trabalhar nisso”.

“Nós somos pessoas normais, não somos músicos profissionais. Lá chegaremos! Ou lá chegaremos ou morreremos a tentar! É uma meta que toda a gente quer alcançar. Acho que estamos no caminho certo. A única coisa que nos resta é não fazermos asneira com o que conseguimos”, considerou Lukáš Tuky Michálek.

Contudo, nem sempre é fácil a vida de um músico. Segundo admitiram, as saudades de casa, por vezes, fazem-se sentir. “Pessoalmente, tenho saudades da minha filha e da minha namorada”, disse Miki Bello.

“Também sinto saudades da minha namorada e de casa, mas isto é o que eu quero fazer da vida, viajar e tocar em concertos”, acrescentou Roman Kevický. “Eu gosto, eu faço tudo por isto”, comentou Lukáš Fuxo Gašparík.

Já Lukáš Tuky Michálek assegurou que já está “habituado”, uma vez que anda na estrada desde os 13 anos e, ao viajar, consegue conhecer novos mundos e pessoas: “Viajar para todo o lado é apenas uma coisa que eu levo com naturalidade. Obviamente que eu sinto saudades de casa, mas, vá lá, são três dias”.

Sobre os Hybrid Theory, os KoRn SK explicaram que veem-nos como “um modelo a seguir”.

“Olhamos para o percurso deles e não conseguimos agradecer-lhes o suficiente por todas as oportunidades e por tudo o que nos proporcionaram e a forma como nos trataram. Eu ainda não consigo acreditar que tivemos todo o tratamento que tivemos desde que chegámos. Tem sido fora deste mundo! Nunca seremos capazes de lhes retribuir e apenas tentamos o nosso melhor para não desiludi-los e tentamos dar-lhes oportunidades nas nossas áreas em troca”, expressou o baterista.

“Obrigado! Continuem a vir aos concertos porque vocês são a única razão pela qual nós estamos a fazer o que fazemos e, obviamente, não é possível sem ter pessoas no concerto, por isso, por favor, continuem, apoiem e vemo-nos numa próxima”, concluíram.

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