A série “Love On The Spectrum”, disponível na Netflix, já conta com três temporadas, sendo que, a última estreou muito recentemente. Este conteúdo cinematográfico conta, através de um registo documental, como é a vida amorosa daqueles que vivem no espectro do autismo, que acaba por se desenvolver mediante encontros organizados pela produção, com a expectativa que estes encontrem o verdadeiro amor.
Ao longo dos episódios, vemos as suas famílias serem o grande suporte daqueles que são as personagens principais deste conteúdo. As pessoas que aparecem no programa são de géneros variados e com idades diferentes, sendo que têm, todos, um objetivo em comum: encontrar alguém que os compreenda e os aceite tal e qual como são.
Comecei a ver esta série por curiosidade, tendo em conta que o meu conhecimento sobre o espectro do autismo é praticamente nulo, mas, tendo em conta também, que é inegável que o amor e companheirismo é para todos. Este documentário fez com que me sinta, agora, mais informada sobre o tema e acho que ocupa um importante espaço na plataforma de streaming porque ajuda a desconstruir a ideia que aqueles que sofrem de alguma perturbação (seja ela qual for) sejam simplesmente pessoas inaptas à sociedade, só porque não são”iguais”.
Ao longo dos episódios vi e ouvi pessoas inteligentes, criativas, com capacidade de análise que sabem, nitidamente, quem procuram para a sua vida. Acredito que é na diferença que encontramos, sem dúvida alguma, a riqueza daquilo que é a vida e o mundo, sendo que habitualmente vivemos para o mundo que nos rodeia “cá fora”, e estas pessoas têm, cada uma, um mundo dentro si, e honestamente, não há nada mais bonito.
Estrelas: 09/10
Imagem: DR/ Jornal Referência
