
Com três letrinhas apenas se escreve a palavra “MÃE” e, contudo, apesar de ser uma palavra simples de escrever e pronunciar, é cheia de significado e importância nas nossas vidas, enquanto filhos, pelo menos, assim deveria ser.
O papel de Mãe é difícil desde o primeiro instante em que descobrimos que temos vida dentro de nós. Os primeiros dois, três meses não são fáceis para quase todas as mães. Há uma resposta do nosso corpo a algo novo que se está a desenvolver dentro de nós, que desencadeia os enjoos, a má disposição, os vómitos.
Quem faz um filho fá-lo por gosto, por amor, por querer, quanto a isso, excetuando-se algumas situações, não há dúvidas.
Passados os primeiros tempos, o corpo habitua-se e passamos por algumas alterações: a barriga fica maravilhosamente bela e cheia de vida, os nossos rostos de Mãe ficam com um brilho especial, parecemos Rainhas, detentoras de um enorme tesouro. O peso do nosso tesouro, afrouxa a nossa agilidade, os nossos movimentos são lentos, mas a felicidade é enorme e compensa tudo o que é menos bom.
Os meses vão passando e os laços de amor que estabelecemos com o nosso filho vão aumentando. Entre nós há diálogos, movimentos dele em resposta à nossa voz, música e livros, que ouvimos e lemos, respetivamente, a dois e dançamos muitas vezes juntos.
A ansiedade vai aumentando com a chegada da hora em que o nosso filho virá a este mundo e nos veremos pela primeira vez.
Em princípio, tudo correrá bem, mas há sempre a possibilidade, ainda que remota, de algo correr menos bem e cá estamos nós já a sofrer, por amor e pela vida de nossos filhos. Veem as dores, aquando da saída do nosso rebento, não são fáceis de aguentar, mas o que é que não fazemos pelo nosso amor maior?
Mãe não tem descanso desde o primeiro instante em que o seu tesouro sai de dentro de si, é uma autêntica maratona. As refeições dadas de três em três horas, a muda das fraldas, a vigilância constante para que tudo corra bem, não existem noites bem passadas, porque é preciso alimentá-lo, adormecê-lo, tranquilizá-lo, mantê-lo com o rabinho seco.
Quando somos Mães pela primeira vez, é tudo novo e difícil, porque demoramos a descobrir o porquê deste ou daquele choro e, como o cansaço é grande, muitas vezes, sentimo-nos desesperadas, porque, simplesmente, não sabemos o que fazer. Contudo, o tempo, sempre o tempo, vai ajudando a adquirirmos sabedoria e compreensão relativamente ao nosso filho.
É uma fase menos fácil, trabalhosa, mas, com o decorrer do tempo, vamos sentir saudade dessa vivência, em que eles eram pequeninos e muito dependentes de nós e muito nossos.
Eles crescem, vão para a escola e nós continuamos sempre presentes. Sempre preocupadas para que não sintam qualquer tipo de desconforto, para que sintam que estamos disponíveis, que os apoiamos em qualquer situação. É nosso dever transmitir-lhes ideais de boa conduta para com todos os outros, valores de justiça, de respeito, de honestidade, de que é preciso trabalhar para alcançar resultados. Saber ser, saber estar é importante nas relações que ele irá estabelecer com os seus semelhantes.
Durante a noite, aconchegamos-lhes as roupas da cama para que não sintam frio. Quando têm pesadelos noturnos, lá estamos nós a apaziguá-los, a dizer-lhes que vai passar e ficamos na borda da cama até que o sono lhes dê de novo a paz. Preparamos os pratos de comida que eles mais apreciam, enfim, fazemos tudo, sempre por eles e para eles e com um amor que nunca morre.
Mãe não é perfeita, nem sempre faz a coisa certa, mas tenta dar o seu melhor.
Mãe não pode dizer sempre que sim, é preciso que o seu filho saiba que há regras, limites e isso o seu filho terá que aprender em casa e compreender que somos um todo e, como tal, regidos por leis, que num futuro próximo ele terá que as aceitar porque vivemos em sociedade.
Mãe nem sempre é compreendida pelo seu amor maior, porque, chegando a uma certa altura na vida daquele, ele sabe tudo e a Mãe deixou de saber.
Mãe elogia, mas também repreende quando é preciso e isso não dá o direito ao filho de ignorar o que lhe foi dito, mais uma vez, por amor.
Mãe é um porto de abrigo, um abraço cheio de amor, beijos multiplicados, olhos e ouvidos sempre atentos.
Mãe é para ser respeitada pela vida fora, pelo muito que dela recebemos e continuaremos a receber até ao fim de seus dias.
Que direito temos nós, enquanto filhos, de encher de lágrimas os olhos de quem por nós fez e fará tudo?
Onde vamos buscar, nós, filhos, coragem para gritar, desobedecer e bater com a porta na cara de quem nos deu a vida e daria a vida por nós?
Lembrem-se que Mãe, em nossas vidas, só há uma e que ela deve ter sempre um espaço na nossa vida, um espaço importante, grandioso, por tudo o que ela fez por nós e deixou de fazer por ela.
Mãe será para todo o sempre uma referência nas nossas vidas. Foi com ela que aprendemos a andar, a falar, a ler, a escrever, a distinguir as cores. Foi dela que recebemos os primeiros carinhos. Foi ela que nos lavou e sarou as primeiras feridas, as superficiais, devidas às nossas brincadeiras e as feridas que não se veem, mas sentem-se, foi ela que nos escutou e sugeriu o caminho menos doloroso para nos restabelecermos.
Mãe nunca deixa de ajudar quando mais precisamos.
Mãe é na terra e no céu o nosso eterno anjo da guarda.
Filhos, nunca se esqueçam de amar incondicionalmente a vossa Mãe pelo muito que para vós ela significa.
Deixe uma resposta
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.