
O Portugal Fashion regressou à Alfândega do Porto, nos dias 18, 19 e 20 de outubro.
O primeiro dia ficou marcado pelos desfiles da plataforma Bloom, de Carla Pontes, Susana Bettencourt e Teresa Martins. As marcas Decenio e Lion of Porches desfilaram nas instalações do grupo Cães de Pedra, em Vila do Conde.
O segundo dia da 43ª edição começou com a estreia de Cristina Ferreira na passerelle. A apresentadora apresentou a 10ª coleção de sapatos CF Cristina que inclui, sandálias, sapatilhas e botins, maioritariamente em tons de preto e branco. Houve também tempo para mostrar uma linha de sapatos de noiva, roupa desportiva, fatos-de-banho e até momentos de dança com dançarinos coreografados por Cifrão.
Seguiram-se os desfiles de Sara Maia, Nycole, Inês Torcato, David Catalán e o regresso de Maria Gambina ao Portugal Fashion, passados cinco anos, com a coleção “Construção” composta por peças em “patchwork”, reutilizando tecidos de peças de coleções passadas, tendo em vista o conceito de sustentabilidade.
No Salão Nobre, o antigo bloomer, Estelita Mendonça trouxe “Restricted” à Alfândega como proposta de primavera-verão, passando uma mensagem político-social, como forma de censura de certos temas nacionais.
Na Sala Poente, o estilista Carlos Gil, apresentou peças coloridas, leves e femininas, preenchida com franjas, decotes em V, vestidos curtos e compridos, uma coleção designada de “Aquarella”.
Após o desfile do estilista nascido em Moçambique, surgiu Hugo Costa e Micaela Oliveira. Com o olhar atento de Rita Pereira, Cifrão e a sua namorada, Nouaw, Micaela, mostrou criações em tons de rosa nude, verde-água e dourado com aplicações de renda e transparências.
No dia 19 de outubro, o antepenúltimo dia do Portugal Fashion, ficou marcado por uma outra estreia, o desfile de Sophia Kan, a marca de Ana Teresa Sousa. Seguiu-se, Diogo Miranda e Miguel Vieira fechou o dia com uma coleção inspirada no PopArt, onde deixou de lado, o preto e branco e apostou nas cores primárias e nos estampados.
O sábado, o último dia desta edição, começou, de novo, com uma estreia, a dupla Marques’ Almeida, criada por Marta Marques e Paulo Almeida. Depois, a Alfândega recebeu Katty Xiomara e Nuno Baltazar, o designer convidado desta edição para criar os bonecos solidários, Maria e Pedro, feitos com retalhos de tecidos inteiramente portugueses. Cada boneco custa trinta e cinco euros, valor este que reverte a favor da Fundação Ronald McDonald.
A tarde ficou ainda marcada pelos desfiles das marcas Storytailors – criada pela dupla, João Branco e Luís Sanchez) -, Meam, Concreto e o desfile dedicado ao setor do calçado, na qual, participaram seis marcas: Ambitious, Fly London, J.Reinaldo, Nobrand, Rufel e The Baron’s Cage.
A fadista Cuca Roseta abriu e fechou o desfile da marca Pé de Chumbo, de Alexandra Oliveira, cujas propostas são inspiradas na tradição da cestaria portuguesa e no vestuário típico da região do Minho.
Os desfiles seguiram o calendário e a passerelle recebeu as coleções de Luís Buchinho, da marca Alves/Gonçalves, de Manuel Alves e José Manuel Gonçalves e de Luís Onofre.
Júlio Torcato encerrou a 43ª edição, apresentando uma coleção a celebrar os seus 30 anos de carreira com 30 convidados que marcaram o seu percurso.
Em paralelo com os desfiles, a Alfândega do Porto acolheu o showroom Brand Up, espaço onde estiveram expostas marcas e criadores de vestuário, calçado e joalharia. Das 55 marcas e criadores presentes neste espaço, destacaram-se, IMAUVE, Duarte e Patrick de Pádua, cujas coleções desfilaram na 51ª edição da ModaLisboa, revelando assim o recente protocolo praticado entre este evento e o Portugal Fashion e a ModaLisboa, com um objetivo de partilha de recursos entre os dois.
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