O que deve conter um kit de emergência?

kit de emergência

Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre a importância de ter um kit de emergência, depois de a União Europeia ter recomendado a preparação de um conjunto de produtos de sobrevivência de 72 horas. Há dias, Portugal assistiu a um apagão que durou várias horas e que tornou ainda mais evidente a necessidade de ter este kit.

A Proteção Civil divulgou, entretanto, o que deve conter um kit de emergência para situações de catástrofe.

Entre os itens, devem constar documentos de identificação (cópia do Cartão de Cidadão ou Bilhete de Identidade, passaporte), prescrições médicas, contactos de familiares e amigos e contactos dos serviços de emergência. Também deve ter medicamentos (medicação diária/doença crónica e analgésicos), rádio e pilhas extras, carregador de telemóvel, powerbank e apito para sinalizar e pedir ajuda.

É também essencial um kit primeiros socorros, máscara de poeiras, manta isotérmica, bem como alimentos (conservas/enlatados, chocolate/barras energéticas e frutos secos) e água engarrafada. Quanto a produtos de higiene, devem fazer parte os seguintes itens: sabonete/sabão, toalhetes higiénicos, pastas e escovas de dentes e sacos do lixo.

No que diz respeito a utensílios e vestuário, do kit deve fazer parte também um canivete multifunções, uma lanterna, uma fita adesiva, fósforos e pilhas, assim como uma muda completa de roupa (mais roupa interior), sapatos/botas resistentes e luvas de proteção.

É conveniente ainda ter algum dinheiro físico (moedas e notas).

A Autoridade Nacional de Proteção Civil alertou ainda para a importância de ter um Plano Familiar de Emergência e referiu que o kit deve ser colocado num local acessível e sinalizado e deve ser do conhecimento do agregado familiar. Deve ser utilizada preferencialmente uma mochila para transporte e o conteúdo do kit deve ser revisto periodicamente.

O que deve conter um kit de primeiros socorros?

Ao preparar produtos para emergência em caso de catástrofe, é também preciso organizar um kit de primeiros socorros, que deve existir em qualquer local. As caixas de primeiros socorros são vendidas em diversos tipos de espaços comerciais, como farmácias, parafarmácias ou grandes superfícies, mas também podem fazer o vosso.

Nesta caixa de primeiros socorros devem ser incluídos os seguintes materiais e produtos, em quantidade adequada ao agregado familiar e ao contexto:

  • Pensos rápidos de vários tamanhos;
  • Compressas esterilizadas e não esterilizadas;

    Kit de primeiros socorros
    Foto: 8photo/Freepik
  • Ligadura de gaze e elástica;
  • Fita adesiva para pensos;
  • Alfinetes de ama;
  • Tesoura sem pontas e pinça;
  • Luvas descartáveis;
  • Termómetro;
  • Toalhetes ou solução antissética;
  • Soro fisiológico;
  • Pequenos sacos de plástico para guardar os materiais usados e o lixo;
  • Solução para lavagem das mãos (antes e depois da prestação de cuidados);
  • Medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios orais, de venda livre, como paracetamol e/ou ibuprofeno, em dosagem adequada para os escalões etários dos membros da família;
  • Pomadas para queimaduras e para picadas de insetos;
  • Manual de primeiros socorros;
  • Máscaras de proteção.

No caso de irem viajar ou praticar alguma atividade específica, podem considerar a necessidade de outros materiais, como por exemplo:

  • Manta de aquecimento de emergência;
  • Spray para lesões desportivas;
  • Packs para aplicação de calor ou de frio;
  • Repelente de insetos;
  • Medicamentos para diarreia;
  • Medicamento para enjoos.

Este kit deve ser guardado num local fresco e seco e os prazos de validade dos medicamentos e outros produtos incluídos devem ser verificados regularmente e deve ser substituído o que for necessário. Todos os frascos e embalagens devem estar rotulados e os instrumentos pontiagudos (tesouras, pinças) devem estar embalados de forma adequada. Não é aconselhado que o kit de primeiros socorros fique trancado, de forma a que seja fácil aceder em caso de necessidade, mas deve sempre estar longe da vista e do alcance das crianças.

Quais são os contactos de emergência e úteis a saber?

Em Portugal, em caso de emergência, devem contactar:

  • Emergência médica – 112
    Disponível 24h por dia, todos os dias. O 112 é o número de telefone de emergência único europeu, disponível em toda a União Europeia. As chamadas são gratuitas.
  • Linha Saúde 24 – 808 24 24 24
    Para contacto clínico, disponível 24h por dia, todos os dias. Para contacto administrativo (não clínico), das 8h às 22h, todos os dias. A Linha Saúde 24 assegura triagem, aconselhamento e encaminhamento em situações de doença. O valor da chamada é o de uma chamada para a rede fixa.
  • Linha da Criança Desaparecida – 116 000
    Disponível 24h por dia, todos os dias. Este é um serviço no âmbito do desaparecimento de crianças em articulação com entidades competentes na investigação e entidades judiciais. As chamadas são gratuitas.
  • Linha de Apoio à Criança – 116 111
    Disponível 24h por dia, todos os dias. Este é um serviço de apoio às crianças para exporem os seus problemas e falarem de questões que as afetam diretamente. As chamadas são gratuitas.

Outros contactos úteis:

  • Linha Centro de Informação Antivenenos: 800 250 250
  • Linha do Serviço de Informação às Vítimas de Violência Doméstica: 800 202 148
  • Linha SOS voz amiga. Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio: 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 (diariamente das 15h30 às 00h30)
  • Linha SOS SIDA: 800 201 040
  • Sexualidade em Linha: 800 222 003
  • Linha SOS Droga: 1414
  • Linha SOS – Deixar de fumar: 808 208 888
  • Linha Provedoria da Justiça: 808 200 084
  • Linha Saúde Pública: 808 211 311
  • Linha Cancro: 808 255 255
  • Linha Pulmão: 808 259 259
  • Liga Contra o Cancro (Sede Nacional): 217 221 810
  • Linha do Medicamento: 800 222 444
  • Linha Rara: 300 505 700
  • Linha de Apoio na Demência: 213 610 465
  • Linha Internet segura: linhainternetsegura@apav.pt | 800 219 090
    Este serviço tem por base o atendimento telefónico e online sobre questões relacionadas com o uso de plataformas e tecnologias online.
  • Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica: 211 967 000

Foto: Roger Brown/Pexels

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